na açafroeira,
dando ao chão negro
a semente da flor.
Luz sem coleira
queimando solta
céus, dálias, trevos,
frutos verdes.
Ânfora dos estio
plena de folhasem talos vergados
que o inverno rejeita.
Casa do sangue
onde se ocultam,
em vidro ou louça,
remorsos de rosas
vermelhas.
Às vezes
só, às vezes
sozinho, ele é
um poço de gelo
esperando na sombra
que o sol chegue
e o queime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário