Dezembro
É o mês
em que a baunilha
ergue-se no caule
e debulha no ar
as vargens maduras
de sua eternidade
É quando a terra,
grata ao seu odor,
cobre os grãos
de um escuro leve
salvo de pedras
até a luz chegar
lavada e branca
para denunciar
nas ramagens
vôos pérfidos
fingindo sono
num sábio acordo de verão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário